terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Mundo tão desigual, tudo é tão desigual"


Nos deixamos enganar pelo que é belo...
Desde sempre...
O belo em pessoas, belo em lugares, belo em momentos...
Vou agora, fornecer um exemplo...

Certa vez, ouvi um amigo politico dizer:
"- Vamos reformar a entrada da cidade, estamos perto das eleições, precisamos mostrar serviço, mostrar que estamos fazendo algo"
Dito e feito: Porto Ferreira está com a avenida principal reformada, a entrada da cidade esta bela!
Não que não fosse necessário uma reforma, claro que é necessário, mas acredito que existem outros lugares com necessidade maior de reforma.
Exemplo: O bairro Jd Anezia, onde existem muitos moradores até hoje, esta sem asfalto, O Jd São Manoel a também, é um bairro onde fica impossivel locomoção de transportes devido ao excesso de buracos nas ruas que ainda são de terra. Porque não houve reforma nas ruas desses bairros, oferecendo então a devida igualdade das pessoas que ali residem com as pessoas que residem no centro(que essas tem asfalto), porque???
Para nos enganarmos com o belo!
Para ainda prevalecer a desigualdade.
A mesma coisa acontece em Ribeirão Preto...
A Av Dr. Francisco Junqueira está em reforma, e as vergosnhas das ruas mais afastadas que estão esburacadas?
Porque essas não são arrumadas? Será que é pelo simples motivo de nos encantarmos com o belo?
Olha que lindo, a prefeitura esta investindo nessas obras, está fazendo algo pela cidade...

Shakespeare relata em Rei Lear que não é mais necessário 100 cavaleiros para o Rei, como também não necessário, broches e bordados para a vestimenta da princesa, sendo apenas necessário um pedaço de pano para que a mesma cubra suas partes intimas...
Gil expressa em "A novidade" e em "Barracos da cidade", seu descontentamento quando a desigualdade existente...

A desigualdade existe desde sempre
O que fazer para mudar?
Até quando?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"COMPOSIÇÕES DE UMA TRAVESSIA"


PEGA!

Esconde, Repega, Corta, Junta, Cria, Amassa, Mistura, Costura, Junta, Liga, Resulta!
Nasce o brincar! Diverte com brincadeiras!
Brinco com o brinquedo que crio. Antes abandonado, agora enfeitado
Elevo o deixado. Arrisco o inesperado
Olhares luminosos, em meio a luzes quentes. A face umedece, o sorriso prevalece.
Talvez não exposto ao seu visível, mas penetrado em nossas entranhas.
Entranhas que com o inesperado ficam estranhas.
Descobre-se com o outro no pontear desta transformação
Dançando em cortejo. Festeja com emoção
Enaltece o céu, que é o enlaçar de toda essa canção
Sem Barros, na limpura de pura alma fomos apresentados a Manoel.Vindo do Pantanal
Exerce brincadura com as letras, faz caminho com o roseiral. Em roda, versos em rosas.
Rosa, Roseira, Rosá, o Rosário
Arthur Bispo do Rosário
Nos entrelaça com o abandono, aproxima de Deus
Grandes fazeres com pequenas coisas. Cores balangandando a aura
Olha esse quintal, brinca com o supremo, sublime, azul total!
No rá, rá, rá de risadas em Santo Antônio
Planta-se a observar. Colhe-se cultura, Resgata essência,
Quanta Alegria ficamos a presenciar!
Rimas de versos, versos que rimam, em meio a roda
Roda rosa versos brincam
No quintal, vivenda, morada
Ouve o cheiro. Cheira a quente chá. Menina não chora e vem brincar
Em visão não vejo o visível. Sinto, sonho, assim imagino
Que loucura achar que os loucos não são artistas...
Quem foi que disse essa doidice?
Fuxicos e fuxicos
Esses voam pela janela das flores em época festeira
A travessia mudou de rumo
Transformam-se as formas
Causas dos formatos da alimentação do humano
Dança a dança. Mexe as cadeiras
Vem brincar. Cantando e dançando essa brincadeira.
Rasgar, Dispir, Mostrar, Cavar, Alargar, Separar, Assomar
Apresenta e representa esse significar
Fico desde então a perguntar...
Deixei essa semente plantar?
Semente da metade de um par
É no desconhecido que vimos o Belo para encantar!

Sejam Bem Vindos ao
Seu,
Nosso,

"QUINTAL, A PONTE DO TEMPO!"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Desproporção Desigual"



Lá é mais bonito
O visivo predomina
As casas pintadas com cores vivas
As praças mais ilustradas
As ruas mais enriquecidas
Até a grama é mais verde
As pessoas caminham com um "ar" de grandeza...
Elas se sentem grandes
Mesmo não sendo...

No aeroporto
O desfile de grifes enfeita o local
As caixas de madeiras revestidas em couros
Transportam o guarda roupa.
Malas...
Rodas cromadas
Veludos não infestados
Olha..
Alí, naquela...
Tem duas iniciais
Em ouro...
Aquela outra..
Em prata...
Ou será ouro branco?
Quanto luxo...
Ostentação ao centro das sobras
Transição de nitida diferença
Só não vemos, quando não queremos
Eu muitas vezes não quis ver
Hoje faço questão de querer notar,
Tal diferença considerável

O que sobrou...
Dá-se a entender que ali estão as sobras da zona sul...
Sobras de madeiras
Sobras de casas
Sobras da população
Que sem oportunidade não vão para onde a grama é mais verde
Vão para onde se tem um teto para acomodar
Teto improvisado...
Seja lá como for, um teto...
Membros iguais, com valores em numerários separados
Moeda ganha aqui...Disney tô chegando
Moeda ganha ali...Hoje tem jantar na mesa!

Até quando viveremos isso?
Tamanha desigualdade que me inconforma
Incomoda...
E a saída parece estar tão longe...
Penso em mudar...e a saida fica mais próxima...

Até quando...?

domingo, 6 de dezembro de 2009

"ALIGA"


Então vai
Chuva pra molhar
Chuva pra ficar
Chuva pra escorrer
Para já!
Em pingos d´agua fiquei a parar
Mas quis correr, apressar, chegar
Nesse universo interior relutar
Briga constante com o eu
Eu quem?
Quem seria eu?
Estou a perguntar
Crise existencial...
Presente a todo tempo em constante harmonia
Que complexo fui encontrar
O cheiro que gruda e não sai
Qualquer respirar faz lembrar
Com movimentação o aroma paira no ar
Que loucuras me trazem...

Meus heróis
Esses eram assim
Chegavam assim
Partiram assim
Não quero esse excesso

E você?
Soberba podendo tudo chegou aqui
Que dificil te reconhecer
Agora é parte de mim
A cada dia me aproximo mais
Madame do Amor
Que tem luz para a vida
Reconhecer a vaidade ficou doloroso
Aceitável, compreendido
Quanta coisa num só lugar
Num só ser
O inesperado fica divertido se acontecer
Aprendendo a lidar
Com esse acaso
Acaso que acontece
Seguindo de risos
Bom de ouvir
Glorioso sentir
Tão longe, tão perto

A chuva não parou
A dor já foi embora
Dor interior
Que chegou sem avisar
Avisou...
Olha onde fui chegar

Boca abre
Energia não se renova
Fatos agrupam
Corre
Sente chuva
Leva embora
Pensa poesia
Relembra poetas
Junta letras

Chego já...