terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"Instrumento de Mudança"


Revirando as lembranças lembro-me, quando eu tinha uns 8 anos de idade, de estar discutindo com algum professor por este agir em desigualdade...

Lembro-me também de reinvindicar meus direitos em uma certa escola particular em Porto Ferreira, que nesta mesmo fiquei sem nenhum amigo...
A briga foi porque eles estavam fazendo um "abaixo assinado" para tirar um professor do cargo.
O professor era viúvo, inteligente, idealista, pai e homem forte, que com o seu salário sustentava as três filhas. Como aqueles burgueses que achavam que tinham ouro na barriga poderiam agir tão desumanamente com um homem, que sempre foi muito bom professor (eu já havia tido aula com ele em um colégio publico) só porque ele não fazia parte da classe social daqueles medíocres.
Bati de frente e fiquei sozinha.
Sobrou eu e a convicção de que estava fazendo aquilo que achava certo.
Precisei mudar de escola.
Ouvia sempre minha mãe dizer:
- Carolina, para de querer bater de frente com as pessoas que podem mais. Manda quem tem dinheiro, quem tem juízo obedece.
Nunca me conformei com essa frase, posso até ter seguido ela (como ja fiz) mas nunca concordei plenamente.
Minha familia me chama de "Barraqueira", isso é fato! Se é assim que preferem chamar, que assim seja. Sou mesmo. Porque eu tenho que aceitar o que é imposto por outras pessoas se isso torna tudo desigual?
Não aceito, me chamem do que quiserem.
Posso as vezes não ter "meios" para reinvindicar a igualdade, por isso acabo usando as ferramentas que tenho em mãos, que nem sempre são bem-vindas por aqueles que aceitam tudo o que lhes é colocado.
Aliás, minha familia não costuma ler o que eu escrevo, já ouvi até dizerem que escrever é falta de serviço, mas, esquecendo minhas insatisfações pessoais, vou partir logo para a insatisfação total.
Eu não costumo abaixar a cabeça para quem pode mais. Eu quebro a cara, quebro mesmo, bato de frente, me revolto, passo nervoso, até sou humilhada, mas não deixo de fazer aquilo que concordo que seja o bem para o total. Isso é questão de Justiça!
E não é de justiça que as merdas das leis falam não, porque essa justiça é uma hipocrisia e ela não existe, existe apenas para quem tem poder, influências e amizades.
É mentira?
Se for, então você é mais um hipócrita do sistema.

Iniciei esse texto com uma série de objetivos, mas se for colocar todos aqui, vão ser muitas páginas, mas muitas mesmo, porque a revolta deste mundo que me cerca é demais.
Hoje, exatamente hoje, tive a emoção de que não estou sozinha, aqueles "sonhos" da infância, de um mundo de igualdades vai vir sim.
Não, ele não vai vir, sou eu, unida com outras pessoas que vamos atrás dele.
Vamos mostrar que é possível, desde que haja união, e que deixemos de lado a ganância e ambição (a mesma ganância que tomou, lá atras, as pessoas que lutavam por igualdade, e hoje são parlamentares que utilizam o dinheiro dos impostos pagos pelo povo em seu benefício próprio)

E isso acontece SIM, não abaixe a sua cabeça e faça de conta que isso acontece bem longe de você, porque é uma mentira, isso acontece bem aqui, debaixo do nosso nariz.
Eu escolho ser um instrumento de mudança.
Eu escolho entrar para essa luta e morrer por esses ideais.
Eu escolho fazer diferença.

Que seja bem vindo e bem feito:
"Mulheres Vermelhas".

Este é um Projeto da ONG Ribeirão em cena, que acredita no ser humano como um instrumento de mudança.


E vamo que vamo!


3 comentários:

  1. Vem vamos embora! Esperar não é saber! Estou do teu lado pequena grande carol :)

    Aline, ly. Ribeirão em cena.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  3. É isso ae pequena!
    Sempre lutando pelo que acredita =)

    Saudade!

    Fim.

    ResponderExcluir